Consumo de frutas no Brasil tem aumento de 4,38 quilos por pessoa em seis anos |
Escrito por Globo Rural On-line - 25/07/2011 |
Segundo estudo do Cepea, laranja e banana ainda são os destaques nos lares do país.
O brasileiro está reduzindo o consumo de hortaliças como tomate, batata e cebola em casa. Na média geral, a queda foi de 1,93 quilo por pessoa entre os anos de 2002 e 2008, quando foram realizadas as edições mais recentes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com base nesses dados, analistas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, avaliaram também a evolução do consumo de frutas nos lares brasileiros. Neste caso, o resultado é positivo. Houve aumento de 4,38 quilos por pessoa, com a laranja e abanana se mantendo como as mais consumidas. Os estudo foi realizado por Juliana Silveira, Helena Galeskas, Rafael Tapetti e Isabella Lourencini com a coordenação da doutora Margarete Boteon. Todas as regiões brasileiras tiveram aumento significativo no consumo per capita de frutas, com grande destaque novamente para a região Centro-Oeste, que apresentou elevação de 8,61 quilos por pessoa ao ano em seis anos. O Nordeste ficou em segundo lugar em termos de crescimento. Na região Sul, que já era e continuou sendo a maior consumidora per capita de frutas, o aumento foi de 5,53 quilos por pessoa ao ano. O Sudeste é o segundo maior consumidor de frutas no Brasil, porém o avanço no consumo per capita foi menor que nas demais regiões brasileiras, de apenas 2,15 quilos por pessoa entre 2002 e 2008. Em 2008, esse segmento da representava 49% do consumo de hortaliças no Brasil e 48% do consumo de frutas. “Se levarmos em conta que essa classe segue em ampliação, é provável que em 2011 já seja responsável por mais da metade do consumo de frutas e hortaliças”, avalia Margarete Boteon. Relação com a renda
Muitas vezes, um quilo de fruta é comparado com outros produtos mais calóricos e que “sustentam mais”, como um quilo de frango, por exemplo. Na classe média, destacam-se também esses três produtos, mas ganham representatividade ainda o mamão e a tangerina, cujo consumo é muito pequeno na classe baixa. “O acesso à informação, a preocupação com a saúde, o marketing da fruta segura e com qualidade de origem são fatores que vêm colaborando para o aumento do consumo de frutas nas classes de maior poder aquisitivo”, comenta Margarete.
Fonte: Globo Rural
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